terça-feira, 26 de maio de 2009

Ensinar um cão a não preseguir um gato.




Podemos ter um cão que em tempos era um cão de guarda numa quinta. Durante esse período ele aprendeu a perseguir intrusos e animais como esquilos ou corvos que estejam a invadir o seu território. Mas agora este cão vive numa residência e tende a perseguir o gato, que na sua mente, é o seu inimigo mortal. Como modificar este comportamento?

Antes de mais deve-se colocar o gato em segurança, por exemplo numa jaula de transporte, resistente e forte, que evite o contacto físico do cão e do gato, mas permita, mesmo assim, o contacto visual, auditivo e olfactivo dos dois. Isto permite que ambos os animais se aclimatizem mesmo que esta situação seja um bocadinho stressante. Este pequeno passo permite que ambos os animais se habituem que vai haver um novo ser num território comum.
Depois de ambos os animais se acalmarem devem ser recompensados com um bocadinho de comida para mordiscarem, ao mesmo tempo que se reforça verbalmente, com elogios, o seu bom comportamento. Isto vai fazer com que o cão repita o seu bom comportamento por um lado e que compreenda, por outro, que você aceita a presença do gato e que espera do cão o mesmo comportamento.

Isto deve-se repetir por um período de uma semana, ou enquanto residirem sinais de agressão, para que quando este comportamento se dissipe se possa passar a uma nova fase.

Com a ajuda de alguém que o assista, deve-se colocar o cão numa trela de rédea curta e pedir à pessoa que o assiste que o segure firmemente. Depois deve-se retirar o gato da jaula e segura-lo firmemente, por exemplo entre as pernas. O cão tenderá a querer aproximar-se do gato e a cheira-lo. Mantenha-o firme e seguramente o gato fora do seu alcance . Atenção que deve-se ter um aperto firme em relação ao gato, para que este se sinta sempre em segurança e nunca ameaçado. Não o deixe entrar em pânico. Esta aproximação permite que os animais se relacionem gradualmente e aprendam a não se sentirem ameaçados.

Assim, deve-se repetir este processo durante mais uma semana, até que por fim, ambos os animais coexistam, sem receios e se tornem até, quem sabe, amigos.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Ensinar um cão a não mastigar tudo o que lhe aparece à frente


Os cães podem ter a pancada de roer tudo o que lhe aparece à frente, desde chinelos, a taças de comida, à própria mobília ou até os fios eléctricos. Ensinar um cão desde pequenino a não roer estes objectos pode ser relativamente fácil.

Para que um cão não roa o que não deve, devemos-lhe dar algo que ele deve roer. Ter algo indicado para ele roer pode inclusive ajudá-lo a manter um bom cuidado dentário. Pelos vistos, castigar o cão por roer algo indevido pode não ser a melhor abordagem. Assim, o que se deve fazer é, cada vez que se apanha o cão a roer algo que não deve, devemos-lhe dar o osso (que pode ser daqueles de pelo de búfalo) ou a corda ou o brinquedo (como uma bola de ténis), colocando-lho na boca e mostrando-lhe que é aquilo que ele deve roer.

Quando damos o "osso" ao cão podemos criar uma brincadeira com ele, para obtermos a sua atenção e ao mesmo tempo, mostrar-lhe que o brinquedo é dele e que é aceitável ele roer nele.

Podemos criar uma espécie de armadilha para o cão. Depois de lhe darmos os brinquedos, para que ele esteja familiarizado com eles, colocamos-lo num quarto com os brinquedos dele, e com outras coisas proibidas, como um jornal, umas meias, ou uma cesta. Depois fingimos deixar o cão sozinho, mas ficamos a espiar. Se ele for mastigar os brinquedos dele, devemos dar-lhe um minutinho, e depois ir elogiá-lo "Lindo cãzinho! No brinquedo! Sim!". Mas se ele for para o objecto proibido devemos interrompe-lo dizendo com uma voz firme e dura, podendo pegar-lhe pelo focinho, levemente, "Não! Cão mau! Isso não!" e dando-lhe o brinquedo dele para a boca, dizendo "Isto é teu! Mastiga aqui!".

Mesmo os cães mais velhos devem ser confinados a espaços mais reduzidos e mais à "prova de cão" possível, pelo menos de inicio, de modo a se adaptarem ao cheiro e às texturas das coisas. conforme vão merecendo a nossa confiança podem ser introduzidos a nos espaços e a novas oportunidades de roer coisas novas, pelo que há de se ser vigilante.

Se repetirmos este gesto, e se usarmos esses "brinquedos" para termos interactividade com o cão, ele vai começar a associar esse brinquedo a roer e a algo agradável (a brincadeira).

Depois há que ter vigilância e disciplina sobre o cão, corrigindo-o. Se por exemplo chegar a casa e ele tenha começado a roer tudo o que lhe apetece, há que o por de castigo, se não no canil, numa casa de banho por exemplo. Prende-lo depois de ralhar com ele é perfeitamente aceitável, mas nunca por mais do que uma meia hora, tempo suficiente para o "crime" cometido.

Note que este acto, de roer tudo na sua ausência, pode ser ansiedade de separação, pelo que pode ser atenuado se assegurar o seu cão que voltará. Poderá treiná-lo para isto, começando com saídas de apenas alguns minutos, habituando-o lentamente, aumentando o tempo que está fora, a não sentir a sua ausência de uma forma tão destrutiva e stressante.

Lembre-se de espalhar os seus brinquedos pela casa e certifique-se que ele sabe que você esta a fazer esse esforço e onde eles ficam, caso os queiram mastigar. Quanto mais brinquedos melhor (menos os seus bens se converteram em brinquedos.

Não castigue fisicamente o cão. Ele não compreende porque o está a fazer, nem o quanto importante certo objecto era para si. Para ele, mastigar é natural e aquilo era apenas mastigável e saboroso. Aprenda a comunicar com eles de modo a que eles compreendam.

Este processo pode ser moroso e há que ser consistente e paciente. Num cachorrinho pode levar apenas algumas semanas, mas pode chegar a levar meses, até que ele compreenda o que pode mastigar e o que não pode.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Coisas que nos devemos lembrar quando ensinamos um cão velho

Ensinar um cão velho, implica alguma paciência e perseverança, mas também devemos ter em mente alguns aspectos que são importantes na nossa metodologia.

Antes de mais devemos ter em conta que um cão velho já foi treinado de alguma forma, anteriormente, na sua vida, seja esta a forma correcta ou incorrecta de treino. Assim, este cão já tem uma ideia pré concebida do que é um comportamento aceitável ou inaceitável. O que se tem de fazer com estes cães é reprogramar a sua forma de pensar.

Os reforços positivos como elogios são muito importantes, pois os cães vai associar o seu bom comportamento com uma recompensa verbal que eles querem que se repita, logo tendem a repetir o bom comportamento para receberem mais gratificação.

Deve-se restringir o seu mau comportamento ou aquilo que se pretende que mude. Essas restrição pode ser através do uso da trela, que lhe limita os movimentos, por exemplo.

Deve-se tomar pequenos passos em direcção daquilo que se pretende que se mude. Só através de pequenas progressões se pode ver uma grande mudança. Por outro lado para o cão ele está a aprender pequenos truques, ao invés de estar a fazer uma radical mudança de comportamentos.

A consistência é parte fundamental para a educação de qualquer cão. Se se toma uma metodologia não se pode contrariar essa metodologia com comportamentos contrários.

domingo, 26 de abril de 2009

Ensinar um cão já com alguma idade.

Costuma-se dizer que um cão velho não consegue aprender novos truques, mas este ditado é muitas vezes levado demasiadamente literal e, muitas vezes, desiste-se demasiadamente rápido de ensinar a um cão com alguma idade educação, obediência e até truques que nos deliciam.

A verdade é que até um cão velho, com alguma paciência e persistência pode aprender novos truques. Apesar da personalidade do cão seja definida a partir da idade de cachorrinho, qualquer cão pode aprender em qualquer idade.

Este blog dedica-se a ensinar truques recolhidos pela internet, manuais e por depoimentos, da forma correcta de ensinar, não só cães mais velhos, mas todos os cães, a se comportarem de forma correcta.